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quarta-feira, junho 27, 2007

Quebrando o Mar Gelado


E assim, passando por todos os cômodos daquela casa imensa, chegou à uma porta que se denominava "biblioteca", abriu a porta sorrateiramente e se deparou com um salão colossal, um labirinto entrecortado por prateleiras quase infinitas, onde havia retradado todo um esforço de milhares de pessoas que pela história do mundo haviam deixado sua marca, boa ou ruim... Ali entrou e se esqueceu de sair, pois a cada livro que pegava, era como se uma nova porta se abrisse, uma porta para um mundo novo, inédito, onde sua busca o fazia descobrir muitas coisas incríveis, mas que a cada coisa incrível que descobria, mais perguntas surgiam, indagações o faziam correr entre esses universos tão díspares e aventuráveis...

Assim, a cada frase que se lia, a cada verso de poema que suspirava, um pouco de si ali ficava, e outro pouco de si carregava alguma coisa nova, e assim sua personalidade foi se moldando, era como se o universo fosse sendo transferido para dentro de sua alma, o tornando assim, não só mais uma partícula do "big bang", mas uma partícula ímpar, cúmplice, que de tudo um pouco tinha dentro de si, que tentava, incansavelmente, fazer de seu corpo finito um templo da humanidade, um Monte Sinai, um farol para os que por ele passassem durante sua tragetória pela Samsara.

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