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terça-feira, julho 07, 2009

Lust for Life


Johnny Cash cantava que o amor é uma coisa que queima. Camões dizia que é o contentamento descontende e um ola aos paradoxos. A semântica e a estilística vão captar a essência do amor, algum dia. A lógica nunca alcançará uma formulinha sequer para tentar medir o diâmetro de um coração partido. Se virando do jeito que dá, ensopamos nossos travesseiros e vagamos corruptos e indecentes nas ruas da solidão, procurando consolo nos mosquitos que rodeiam as luzes dos postes, em vão.

Alguns publicam suas fotos em sites de relacionamento procurando parceiros ou "helpers" utópicos para calar a boca da solidão da noite.

Cachorros sentem o cheiro das cadelas e copulam, objetivamente, na cara dura na frente de quem quiser ver. Devíamos tomar lições com os caninos.

Uvas, champanhe, chocolate e leite condensado multiplicam a impotência da imaginação das pessoas. Perucas, lingeries e sadomasoquismos desesperados vão tapando o buraco da frustração que todos têm em relação aos fatos amorosos.

Falamos demais de amor, vivemos demais o ódio, esquecemos como bobos da razão e fingimos saber o que é a vida.

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