Ela não vem nem vai, não chegou nem saiu. É a música que sempre toca e que nem todos ouvem. Um sabor de verdade que para muitos nem essência tem. O que mais importa e o que menos é dado atenção. A maior diversão que atormenta com fardo os desavisados. A crueldade mais dolorosa que nos define peculiares e milagrosos seres. Um rosto fascinado, um rabisco inquieto de um sábado à tarde com o sol se escondendo. Um oceano dentro de um copo d'água. Um aparelho de TV desligado te refletindo ao fundo, dançando no silêncio. Sete moedas que vão de deixar ir e saciar tua euforia. O mísero "olá" que o estranho te dá e te faz brilhar tanto. O tesão sob a calça que celebra a vida no erotismo. A dor da perda e o valor do dano.
E o próximo verão, ahh...
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Um comentário:
Um olhar que vara como flecha, mas que nada vê por ser cego: o instrumento do medo.
Lindo o texto, sutil, delicado.
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