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segunda-feira, agosto 22, 2011

Sincero, de repente

Ainda me falta teor, e me falta muita dedicação. Ainda me falta chegar nos mestres e pedir dicas. Ainda me falta tomar umas belas de umas palmadas para aprender a me expressar direito. E, até hoje, não procurei fazer  nada disso, e é uma falha imensamente tola. O bom de tudo é que ainda dá tempo de se ajoelhar e pedir.

Preciso pedir matéria, preciso pedir esforço, preciso pedir pra mim mesmo. E que "mim mesmo" me dê o que eu preciso.

Mas outros sempre nos inspiram, pois falar só das próprias entranhas não é lá tão passível de compartilhamento.

Ainda serei, talvez, um machadiano ou um kafkiano digno. Mas ainda não o sou. Sequer sei se sou, de fato, um literal. Gosto da palavra "literal" para designar aqueles que lidam com as palavras... Li num gibi e gostei.

Eu sempre fui muito mais Alan Moore do que Érico Veríssimo, embora goste de ambos. Mas, sei lá, talvez eu seja mais filosófico que literário... E as bulas muitas vezes não me agradam e não me completam e prefiro muito mais os guardanapos rabiscados e manchados com cerveja e gordura de fritas.

Esse sou eu, e tomara que esse melhore bastante, cada vez mais.

Um comentário:

RoOts` Girl disse...

Bom texto Dé! Concordo também com a parte que escrever apenas de si mesmo não dá ibope. Acredito no teu potencial. Acho que és um literal do tipo Pedro Bial (não rimei por querer). Faz crônicas incríveis. E o melhor, muitas vezes em poucas linhas. Saudade piá.