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quarta-feira, agosto 24, 2011

Como Nasce um Monstro

     A razão pode ser a salvação da tua vida. Se, ao invés de ficar criando regras para que sua vida seja coerente e perfeita, você analisasse melhor suas escolhas e parasse de reclamar, talvez, seu mundo fosse mais fácil de ser habitado. Não estou dizendo que ser racional é ser livrar de problemas. Muito pelo contrário, é olhar para os problemas (que sempre existirão) e entende-los, e fazer algo concreto para que os mesmos sejam resolvidos, dissipados ou pelo menos amenizados.
     Buscar no céu uma solução, buscar na culpa do outro uma justificativa, pensar que é vítima de uma força opressora ou qualquer outra coisa que não seja a razão, nunca vai estar próxima de uma saída eficiente com resultados operantes. A infelicidade virou uma grande e lucrativa empreitada, e tem gente que sabe disso e usa de nossa falta de capacidade resolutiva para se enriquecer, seja de dinheiro, seja de poder.
     Nos fazem crer que somos indivíduos e que chegamos à opiniões próprias automaticamente, o que é mentira. Somos induzidos, quase sempre, a ter opiniões sobre assuntos. Assuntos plantados na nossa frente e opiniões óbvias, que se repentem em todas as feiras e filas de supermercado. Ligue a TV e estará sendo alimentado por um noticiário repleto de notícias supérfluas, que muitas vezes, são mais entretenimento do que utilidade.
     É tudo tão bem plantado, que se alguém disser o contrário da opinião que impera nos quatro cantos, logo é taxado de outsider, marginal ou demente. Esses, os dementes, acabam se afastando, cansados de tanto insistir em fazer os outros enxergarem. Ficam um tempo, assim, quietos e cabisbaixos, vivendo suas vidas sob um alter-ego fracassado, não fazendo mais contas e apagando seus registros de identidade com a burocracia fatídica. Depois, se cansam também de se esconder e se reerguem...

    Muitos deles viram aqueles que comandam a massa irracional.

    Monstros.


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