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terça-feira, setembro 27, 2011

Grunhido

Saiu correndo, alucinado, sem saber pra onde ir. Socou a parede.

Socou o vento. Socou a si mesmo.

Vociferou contra a família. Bebeu um copo d'água. Bebeu outro.

Acendeu e desceu em chamas.

Largou seus tênis no hall de entrada.

Perguntou as horas, não esperou a resposta do porteiro e foi apressado, para lugar nenhum.

Olhava umas faces, e de euforia, atuava pra si mesmo.

Mil pensamentos, mil vontades, a sensação de pleno poder.

Correu pro canto sozinho, invisível. Clamou por mais.

O cansaço jamais o alcançaria.

E um pânico brotou, de súbito.

Pra onde, agora? Olhou gigantemente pro mar, viu pessoas passando.

Continuou, continuou... todos eram seus íntimos.

Merda. Tô de volta.

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