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quarta-feira, junho 13, 2007

Comi uma barata ontem

Ontem, me ausentei de tudo, meu despertador tocou, fingi não escutar, continuei na cama, meu sono era insuportável, lá fiquei, preguiçoso, sem remorso... A empregada chegou, eu a ignorei, com a porta do quarto trancada, e continuei lá, deitado quase que inconsciente... Fiquei mergulhado em devaneios, oscilando entre o sono e o barulho do dia, pensava erroneamente em tudo o que ultimamente vem me afetado, desde problemas financeiros, programas de viagens até dilemas sentimentais, decepções com a humanidade e sobre o rumo que irei tomar nos próximos meses... Pensei, pensei, pensei, até que num instante eu parei, e deixei tudo aquilo que dentro da minha cabeça fazia uma roda-gigante de sensações, deixei aquilo pairar no vácuo do meu cérebro, sem processar informação alguma...
Adormeci várias vezes, acordei com o barulho da empregada, já era hora do almoço, não levantei... Fiquei lá, atônito, com a impressão de que nunca mais voltaria a me levantar novamente, de que nunca mais voltaria à rotina, não falaria com mais ninguém e ali ficaria, aconchegado entre minhas cobertas, as roupas sujas no chão esparramadas e o cheiro de bituca de cigarro pairando no ar... Um conforto absurdo tomou conta de mim quase que completamente naquele dia...
Enfim, quase quatro da tarde, eu levantei com a serviçal batendo na porta, tudo aquilo desapareceu quase como uma mágica, tomei banho e esperei a noite chegar e tudo continuo exatamente como era antes...

Porém hoje....

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