Há tantas canções feitas, há tantas marcas nos asfaltos, cruzes, cemitérios por aí teimando em deixar memórias dos que se foram, mas o tempo é algo que, por mais que seja inventado por nós, humanos, tem uma crueldade imensa, o tempo lastima, corrompe, desastra... Somos um bando de figurões tolos que sentam-se em bares e falam do horror da civilização, das grandes e nostálgicas situações vividas, queremos nos agarrar no que sai de nossas bocas, queremos que nosso ego fique intacto, queremos a bênção dos vivos que vivem, dos santos e sedutores.
Há o intelecto, há o discernimento, a causa e efeito, e a sabedoria da humanidade, dentre outras coisas... Tudo isso nos define como seres naturais que podem moldar um futuro melhor, ter uma bagagem que possa tornar a nossa vivência e a de nossos próximos mais agradável e menos sombria. Por mais que não consigamos decifrar muitas coisas que tocam nossa alma, e nem mesmo a nós mesmos, por mais que sejamos impuros muitas vezes e falhos, temos um poder muito grande, um poder de ser o que quisermos ser, basta saber se conseguimos dar um passo atrás do outro sem perder o tom da melodia.
"todo homem deveria ser aquilo
que parece ser"
W. Shakespeare
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