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terça-feira, janeiro 27, 2009

From here...


Ele entra sem bater e vai direto à recepção e diz um nome. Sobe as escadas, abre a porta e entra calado.

Vindo da janela, um sol intenso penetra no ambiente.

O o cheiro do café infecta a sala de estar juntamente com uma melodia ligeiramente frenética vinda de algum lugar.

Sol, café e música propiciam um momento onde o prazer é essencialmente indescritível, simples e aconchegante.

A televisão é ligada e notícias sobre desastres e crises iniciam sua rotineira poluição.

Inconsciente, o calor do sol irrita, o café traz nervosismo e a música fica perturbadora.

Um súbito desânimo faz com que uma discussão falsamente natural comece e o desfecho é uma briga regada de inconformismo e dúvidas. O ambiente fora alterado por um simples ato de apertar um botão e se deixar penetrar por coisas inúteis desfocalizadoras.

A essência de tudo é, inicialmente, positiva. Mas há algo no mundo nos corrompendo e alterando nossos rumos. E assim, prestamos mais atenção na ausência das coisas do que na abundância maravilhosa de tudo que há em nossa volta.

Tudo é absurdamente simples e fácil, e teimar em concretizar o inexistente é o único pecado de todos os seres humanos.

Acreditar, certificar-se de que não há poque se preocupar com algo inalcansável ou desprovido de compromisso.

Ou divagar,

ou fugir,

com olhos abertos.

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