Páginas

terça-feira, setembro 14, 2010

Sulfur

Vou redigir minha frustração por não redigir o que acho que deveria achar melhor escrever. Porque cabe tudo dentro de mim, mas tem uma fogueira teimosa que dilacera meus links práticos e sempre joga sua fumaça na minha cara. Entorpecido pelo carbono e momentaneamente míope, começo a misturar tudo, o processado e o ainda cru, e crio cenários bizarros que talvez só eu entenda a inexplicação disso tudo. E daí, me pego, surpreso na indagação, tentando cientificar minha atitude gerada por uma vontade (quase necessária) de expor isso tudo que se passa em mim mentalmente. Percebo uma tímida, porém nítida disciplina no que diz respeito à organização do meu léxico e do meu estilo. E assim, escrevo, mais que tudo, na esperança de fazer que pelo menos uma parcela ínfima do meu verborrágico pesadelo humano se faça cabível de entendimento. E fico, confesso, contente só de saber que alguém pelo menos se deu ao trabalho de ler e tentar interpretar. Muitos poderiam pensar que se sentir peculiar e singular é algo formidável, porém eu tenho minhas sinceras e inofensivas dúvidas em relação a isso. A infernal incapacidade de definir coisas, de usar termos básicos do cotidiano humano, a audácia de fazer um rapel em um vulcão.

Um comentário:

Wladimir Machado disse...

curti... :)