Meu pai chega com mais uma reportagem sobre os malefícios do fumo. E bem no instante em que pensava em fumar um cigarro e não tinha mais nenhum. Meu humor estava péssimo, minha preguiça calorenta aumentava e um bebê começava a chorar. Era o apocalipse.
O texto não desenvolve. A raiva aumenta. Os tiques começam a aparecer. Barulhos de chave, barulho de TV, barulho da máquina de lavar, barulho da rua, falação, falação, falação.
Mas é provisório, pensava comigo. Vai passar, vou embora logo, vou conquistar meu canto novamente, vou poder andar pelado em casa novamente.
Discussão, histórias longas, muitos planos infalíveis e promessas de uma nova história e uma oportunidade imperdível. Tudo água abaixo, tudo desesperançoso. O que pensam sobre mim? Que sou um perdido e sem rumo, provavelmente. Mas é só uma questão de subir o morro a pé e não se desesperar porque a gasolina acabou. Estou a pé.
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Um comentário:
Estamos em situação bem parecida ein Dé..O que dizer, bom não vou dizer nada, porque se soubesse o que deve ser dito, diria para mim mesma. A única coisa que posso afirmar é que tudo passa.
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