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quinta-feira, setembro 01, 2011

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Caçar uns aos outros, é o que melhor fazemos. Mas temos que concordar que somos capazes de proezas mais sábias e nobres, né, brothers and sistas? Vociferar contra a falta de cultura alheia. Cantar de galo como se fosse o rei da bocada culta e se auto-intitular sapiente é algo comum na batalha de egos diárias, principalmente no meio on-line.

Acabamos por perder um tempo preciosíssimo de nossas vidas, já fadadas à tosquice nesse dilúvio burocrático que é o cotidiano, quando ficamos tentando provar nessa virtualidade que somos fodas, lindos, preciosos e samurais verborrágicos.

Capacitação, inspiração, acidez, prolixidade, inutilidade, panelismo. Um emaranhado de características pseudo-nobres e neo-loserianas formam esse balaio de gato, e caímos nele, e lá ficamos, presos, por tempo demais, até.

Eu tenho meu próprio antídoto para me desimpregnar. Tento sair da frente das telas, como por exemplo, indo passar um final de semana no meio do mato, pegando lenha pro fogão acender, apartando as vaquinas e colhendo tomatinho cereja no sítio dos meus pais. Funciona. Ar puro de verdade e água despoluída acabam me fazendo bem. Daí, nas segundas-feiras da vida, volto prontinho pra me prostituir de novo nesse bordel encantado das asneiras de todos os dias.

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